O Significado de limites na educação das crianças
LIMITE: Eis aqui um assunto que permite várias ponderações, pois afeta deste o ponto de vista cultural, social, financeiro até o emocional. Tão difícil e tão fácil. Tão pessoal e tão abrangente. Como lidar com esta questão?
Nesta próximas edições vou colocar alguns ângulos para que possamos amadurecer este conceito.
Necessidades de Limites
Os limites tem a função de ensinar à criança o que é e o que não é permitido. Sobretudo, tem também a função de dar proteção e segurança. A função protetora dos limites não se restringem apenas aos limites colocados com o objetivo de evitar situações de perigo ou risco (“Cuidado com a panela, o fogo está aceso!”). Abrange algo bem mais amplo, tal como proteger a criança contra o excesso de sentimento de culpa ou remorso, quando percebe que na realidade nos atacou, nos machucou ou destruiu alguma coisa importante para nós. Por isso, é necessário impedir os ataques físicos da criança, embora se possam reconhecer seus sentimentos (“Sei que você está com muita raiva de mim, mas não vou deixar você me dar um soco”). Quando a criança sente raiva ou ódio com muita intensidade, fica difícil, na maioria das vezes frear-se sozinha. Precisa de nossa ajuda no sentido de canalizar a expressão desses sentimentos, de modo não destrutivo. E essa ajuda significa firmeza e a segurança de limites bem colocados. Com muita freqüência a criança testa a consistência e a firmeza dos limites, usando várias manobras que variam desde o franco desafio até a sedução.
Em torno do 1º ano, as crianças não tem controle interno de espécie alguma, por isso, o impulso e a tentação são fortes demais e ela não consegue aceitar e respeitar os limites. Pouco a pouco, vai aumentando a capacidade de controlar os impulsos e resistir às tentações e, concomitantemente, fica maior a possibilidade de internalizar os limites.
Vemos, por exemplo, a criança entrar na fase em que diz para ela mesma “não”, para logo em seguida mexer na planta, ou então dar uma olhadinha de curiosidade e de desafio para os pais, para logo depois pegar na planta. Posteriormente, quando há um amiguinho por perto que também quer mexer na planta, a criança atua como um verdadeiro censor que proíbe autoritariamente: “não, na planta não!”, para logo depois ela mesma mexer. Há o período em que, na presença dos pais, a criança já consegue controlar-se, mas o censor interno não é muito fidedigno e basta apenas que os pais virem as costas para que o controle pare de funcionar. Finalmente, a internalização se consolida melhor, e a criança pode mais facilmente resistir a tentação de mexer onde não pode.
Surpreendentemente, limite também é uma demonstração de amor, e a criança percebe esse particular. É como se ela pensasse “se sou cuidada sou amada”. Essa sensação é que dá segurança à criança e propicia seu desenvolvimento.
Fonte: Angela Clara - Psicologa Especialista em educação e comportamento infantil.
Texto retirado do Portal Super Nanny
Pois é, a criança quando é pequenina, há quem ache engraçadinho tudo o que ela faz, até mesmo um tapinha nos pais. Então se ela ver que é engraçado a tendência é que ela vai fazendo durante o crescimento e aí sim vem o problema. Os pais vão querer limitar e será mais difícil.
ResponderExcluirÉ importante que limite logo desde a primeira vez.
Então criação é isso, o ensinamento do crescimento entre o certo e errado.
Isso é amor.
Tania gostei demais desse texto.
Muito oportuno.
Xerosss